Populações e Comunidades
				 
				
				A população é um conjunto de indivíduos de uma mesma 
				espécie que convivem numa área comum, mantendo ou não um certo 
				isolamento em relação a grupos de outra região. 
 
				Temos como exemplo a população de 
				bactérias da flora intestinal humana ou a de carrapatos que 
				infestam um cão ou o capim de um terreno.
 
				A comunidade biótica 
				representa o conjunto de populações que habitam o mesmo 
				ecossistema, mantendo entre si um relacionamento. São também 
				chamadas de biocenoses. 
 
				Em um jardim temos uma comunidade 
				formada por plantas, insetos, microorganismos, anelídeos, 
				crustáceos, etc.
 
				Normalmente as populações tendem a 
				crescer até alcançar uma dimensão estável.
 
				O aumento exagerado de uma 
				população pode criar condição para um desequilíbrio ecológico, 
				bem como a redução pode indicar que alguma coisa está errada, 
				ameaçando a sua sobrevivência. 
 
				O tamanho de uma população é 
				determinado pelas taxas de natalidade, longevidade, mortalidade, 
				emigração e imigração.
 
				Existem na natureza mecanismos 
				intrínsecos e extrínsecos que buscam manter estável o equilíbrio 
				das populações.
 
				Os mecanismos intrínsecos 
				dependem da própria população. A competição intra-específica 
				ocorre quando todos os indivíduos de uma mesma população 
				consomem o mesmo alimento, o crescimento desordenado leva à 
				falta de alimentação, desnutrição, doenças e morte; a população 
				diminui e volta à dimensão ideal. A redução da taxa de 
				reprodução é outro mecanismo intrínseco de controle 
				populacional.
 
				Os mecanismos extrínsecos 
				dependem de fatores externos. Compreendem a competição 
				interespecífica, as restrições de alimento e espaço, os 
				intemperismos, o parasitismo e o predatismo. Isso representa a 
				resistência ambiental.
 
				 
				Comunidades em desenvolvimento 
				- Sucessões Ecológicas
				 
				As comunidades ou biocenoses estão 
				continuamente sujeitas a modificações em função das alterações 
				do meio ambiente. 
				Quando surge uma região nova, ainda não habitada, nela vão se 
				instalando, gradativamente, uma sucessão de espécies que 
				estabelecem condições para o desenvolvimento de uma nova 
				comunidade. É o caso de um pasto abandonado ou de uma ilha 
				vulcânica. 
				
				A essa sucessiva implantação de espécies chamamos sera ou 
				sucessão ecológica.
				Esquema de uma sucessão primária, isto é, uma 
				sucessão que se instala num local nunca antes habitado.
 
				
				
				
				A primeira etapa de uma sera ou sucessão ecológica recebe o nome 
				de ecésis. Corresponde à chegada dos primeiros organismos vivos 
				(pioneiros) que vão colonizar a região, geralmente as 
				cianofíceas, seguidas de liquens.
				Após sucessivas transformações e a instalação de organismos 
				diversos, a sucessão atinge seu desenvolvimento máximo 
				compatível com a natureza física do local, ela chegou ao seu 
				clímax.
				Quando a sucessão acontece num local novo, desabitado, é chamada 
				de primária. 
				
				Quando a sucessão se faz a partir de uma comunidade antiga é 
				considerada uma sucessão secundária.
				 
				Biomas 
				
				São as comunidades-clímax 
				dos ecossistemas de terra firme, as grandes formações 
				faunísticas e florísticas que formam as paisagens. Campos, 
				florestas, desertos, praias e montanhas representam os padrões 
				gerais dos ambientes onde se desenvolvem os principais biomas.
				
				
				Entre as florestas podemos destacar a floresta tropical 
				úmida, a floresta temperada, a floresta de mangues e a floresta 
				de coníferas.
				A floresta tropical úmida é o bioma mais exuberante da terra com 
				imensa variedade de espécies. A floresta amazônica e a mata 
				atlântica são exemplos. A floresta temperada decídua é 
				caracterizada por árvores que perdem as folhas periodicamente e 
				são comuns em regiões de verões quentes, úmidos e chuvosos, como 
				nos EUA e na América Central. A floresta de mangues é um 
				ambiente de transição entre o biociclo marinho e o dulcícola, é 
				importante como fonte de alimento e local de reprodução dos 
				animais marinhos. As florestas de coníferas (gimnospermas) 
				ocorrem em regiões frias e montanhosas.
				
				
				Os campos são muitos variáveis. Podemos distinguir a 
				campina, a pradaria, a savana, o pampa, a tundra, a estepe, o 
				cerrado, a taiga, etc.
 
				A caatinga é um meio termo 
				entre o campo e o deserto.
 
				Entre os desertos podemos 
				destacar o Saara, o de Gobi e o do Arizona, todos com aspectos 
				bem diferentes.
 
				Microclima 
				
				É o termo usado para designar o 
				conjunto de características ambientais ou climáticas de cada um 
				dos diversos estratos de um local.
 
				A dispersão das espécies é 
				a tendência de propagação para novos ambientes, uma tentativa de 
				conquista de novas áreas e de alargamento dos próprios domínios, 
				mais notável nos animais, ocorre também nos vegetais. 
				
				A dispersão pode ocorrer por dois 
				mecanismos: a dispersão passiva e a dispersão ativa.
				A dispersão é passiva quando se faz por fatores alheios à 
				espécie. É mais freqüente nos vegetais. Seus grãos de pólen, 
				esporos e sementes são transportados pelo vento, água ou por 
				animais. Entre os animais a dispersão passiva pode ocorrer 
				quando são carregados pelo vento ou por corrente aquáticas até 
				regiões distantes. É comum também que os animais sejam dispersos 
				pelo homem, direta ou indiretamente.
				A dispersão ativa depende dos recursos próprios de locomoção da 
				espécie. 
				
				Nos animais ocorre por nomadismo 
				ou por migração.
 
				A dispersão depende de alguns 
				fatores como:
				- o potencial biótico da espécie (capacidade reprodutiva e 
				adaptativa);
				- a existência ou não de barreiras geográficas (rios, montanhas, 
				desertos, mares);
				- recursos próprios de deslocamento de cada espécie.
 
				
				
 
				 
 
				
 
				
				
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