Home
Saiba Mais...
Ardora
Hot Potatoes
JClic
LIM
Tabela Periódica
Testes
Webquest
Diversão
Acerte a palavra
BioForca
Visite
Aprendo_Cri@ndo
Palmares-PE

 

Creative Commons License

Hospedado em Miarroba

 
YouTube Twitter
Facebook Instagram  
 
 

 

 

A Coordenação
O controle do ambiente interno e das respostas ao ambiente

 

Nos metazoários existe a necessidade de um sistema que integre e coordene as diversas partes do organismo para a realização das várias funções. Essa coordenação é feita pelos sistemas nervoso e endócrino.


O sistema nervoso atua através de impulsos nervosos (mensagens elétricas.

O sistema endócrino é um conjunto de glândulas que agem por meio de hormônios (mensagens químicas).

Enquanto os hormônios apresentam efeito lento e duradouro os impulsos nervosos têm ação rápida e momentânea.

O sistema nervoso recebe as informações do ambiente, analisa-as, armazena-as e produz uma resposta adequada.
 

Mesmo em organismos unicelulares já se encontra uma capacidade de responder a estímulos do ambiente. O movimento em direção a um estímulo é chamado de tactismo e pode ser observado também nos glóbulos brancos dos animais superiores.
Os vegetais apresentam irritabilidade, (capacidade de reagir a estímulos externos), reagindo apenas através de hormônios. O crescimento orientado do vegetal em reação a um estímulo é chamado de tropismo (fototropismo – luz; geotropismo - terra). As plantas são também capazes de executar movimentos não orientados em resposta a um estímulo. Essas respostas são chamadas de nastismos e podem ser observadas nas plantas carnívoras e na sensitiva. Quando essas plantas são tocadas elas se fecham.

 

 

 

 

A coordenação nervosa nos animais

Nos cordados o sistema nervoso se forma na fase embrionária como um tubo (tubo neural) que depois se divide originando o cérebro, hipotálamo, cerebelo e o bulbo raquidiano.
As mensagens elétricas são transmitidas através de células especiais do sistema nervoso chamadas de neurônios.

Cada neurônio consta fundamentalmente de um corpo celular e de prolongamentos, os dendritos e axônios. O corpo celular é castanho-acinzentado, enquanto o axônio é branco devido ao revestimento de mielina. O impulso elétrico é transmitido no sentido dendrito--->corpo celular--->axônio.
Os neurônios sensoriais ou sensitivos conduzem impulsos dos órgãos sensoriais. Os neurônios motores conduzem os impulsos para um músculo ou uma glândula.
 

 

Entre um neurônio e outro ou entre um neurônio e um músculo (ou glândula) existe um pequeno espaço chamada de sinapse. Nesse espaço é liberada pelo neurônio uma substância (neurotransmissor) cuja finalidade é promover a transmissão do impulso entre os neurônios. Entre elas citamos a acetilcolina, a adrenalina, a serotonina.
Numerosos corpos celulares reunidos num mesmo local formam o gânglio nervoso.
Numerosos axônios ou dendritos envolvidos por uma bainha de tecido conjuntivo formam o nervo.
 

 

 

 

O sistema nervoso dos vertebredos

 

 

O Sistema Nervoso Central, através de neurônios sensoriais, recebe informações do meio ambiente e do organismo, analisa as informações recebidas e elabora uma resposta que será transmitida, por meio de neurônios motores, aos sistemas somático e autônomo.
O encéfalo e a medula nervosa são revestidos e protegidos por três membranas denominadas de meninges. Em contato direto com a massa nervosa fica a pia-máter, que é fina e delicada. Em contato com o interior do crânio e a parede do canal vertebral fica a dura-máter. Entre elas fica a aracnóide, constituída de células que se ligam formando uma estrutura que lembra uma teia de aranha.

 

1. Cérebro; 2. Protuberância; 3. Bulbo; 4. Medula raquiana; 5. Cerebelo.


Na região periférica do cérebro e do cerebelo e na região central da medula raquidiana, os corpos celulares dos neurônios encontram-se concentrados em regiões distintas, originando a substância cinzenta. No interior do cérebro e do cerebelo e na periferia da medula nervosa, concentram-se os axônios, cujo revestimento de cor branca (a mielina), forma a substância branca.
 

Todos os órgãos do sistema nervoso central estão mergulhados em um fluido, o líquido cefalorraquidiano ou líquor. A sua função é amortecer os choques mecânicos, protegendo o encéfalo e a medula; transportar nutrientes recebidos do sangue e levar para o sangue os produtos residuais.
Nos mamíferos e aves, o cérebro (4) corresponde à maior parte do encéfalo. É dividido em duas metades denominadas de hemisférios cerebrais. Sua superfície é lisa nos peixes, anfíbios, répteis e aves; e nos mamíferos é dotada de circunvoluções (expansões sinuosas) separadas entre si por cissuras (sulcos). O cérebro apresenta uma região periférica (o córtex cerebral) de cor cinzenta e uma região interna de cor branca. Ele comanda as ações voluntárias, a sensibilidade, a memória, o pensamento, a inteligência, a aprendizagem e os atos inconscientes. Os hemisférios cerebrais estão unidos entre si por grupos de axônios que formam o corpo caloso. Cada região ou área do córtex cerebral é especializada em diferentes atividades: sensorial (analisa informações dos receptores sensoriais), motora (controla os movimentos voluntários), de associação (elabora os pensamentos e a compreensão dos fatos).


O cerebelo (1) é a parte do encéfalo responsável pelo equilíbrio do corpo e a coordenação dos movimentos. Mantém o tônus muscular (estado de contratura permanente). Relaciona-se com o labirinto (ouvido interno) recebendo informações relativas às posições do corpo (equilíbrio).
Bulbo raquiano (2) é um órgão condutor de impulsos nervosos. Relaciona-se, também com o controle cárdio-respiratório, com a pressão sangüínea e com alguns reflexos (piscar os olhos, secretar lágrimas e vomitar).
O tálamo fica situado entre o cérebro e o tronco cerebral. Envia informações dos órgãos dos sentidos para as áreas sensoriais do córtex cerebral e transmite as informações motoras para os músculos. O hipotálamo fica na base do tálamo. Controla a temperatura corporal e sintetiza certos hormônios para a hipófise.
Medula raquiana é o prolongamento do encéfalo e passa pelo interior do canal vertebral. Externamente é formada pela substância branca e internamente pela substância cinzenta. A medula tem como funções básicas a condução de impulsos nervosos sensoriais e motores e é o centro nervoso de certos atos reflexos.


O Sistema Nervoso Periférico é um conjunto de nervos que estabelece as relações entre o sistema nervoso central e os diversos órgãos do indivíduo, recebendo impulsos sensoriais e conduzindo impulsos motores. Consta de 12 pares de nervos cranianos, que partem do encéfalo, e 31 pares de nervos raquidianos, que partem da medula. Os nervos cranianos podem ser sensoriais, motores ou mistos. Os nervos raquidianos são todos mistos, a raiz anterior ou ventral é motora e a raiz posterior ou dorsal é sensorial.
Estímulo ou excitação é a energia (pressão, calor, eletricidade, som, etc.) capaz de produzir uma reação na matéria viva. Sob a ação de determinados estímulos o organismo reage rápida e involuntariamente, são os atos reflexos. Ao tocar em objetos quentes ou pontiagudos retiramos a mão imediatamente; a visão de certos alimentos aumenta a produção de saliva, etc.
A medula raquiana é o principal órgão desses atos. O reflexo medular mais simples é o reflexo patelar ou do joelho; uma batida com um martelo de borracha abaixo da patela (rótula) faz com que a perna se levante involuntariamente. Os reflexos constituem geralmente um mecanismo de defesa a fim de evitar a lesão em um órgão.
O Sistema Nervoso Autônomo é um sistema involuntário, controla os movimentos dos músculos lisos de todos os sistemas, as glândulas e o músculo estriado cardíaco. É chamado também de neurovegetativo porque regula as funções da vida vegetativa (digestão, respiração, circulação e excreção), bem como a temperatura corporal, as secreções glandulares e a reprodução.
O sistema neurovegetativo compreende os sistemas simpático e parassimpático.
Apesar de autônomos, esses sistemas encontram-se integrados ao sistema nervoso central. O sistema nervoso simpático origina-se das porções torácica e lombar da medula raquidiana. Ligados aos nervos raquidianos por meio de pares de gânglios, saem nervos que formam redes nervosas ou plexos (cardíaco: do coração, solar: do estômago, mesentérico: do intestino). As fibras nervosas do sistema parassimpático originam-se no tronco cerebral e na medula sacra.

Os dois sistemas têm funções antagônicas, predominando a necessidade do órgão em garantir seu desempenho adequado.
 

 


Leia mais...

Amara Maria Pedrosa Silva

 

Atualizado em: terça-feira, 07 de setembro de 2021