Gene
			
			É a unidade hereditária presente nos 
			cromossomos e que, agindo no ambiente, será responsável por 
			determinados caracteres do indivíduo. 
			
			Segmento do DNA responsável pela 
			síntese de um RNA. 
			
			Cada gene é representado por uma ou 
			mais letras. Ex: A, a, XD, IA, etc.
			
			 
			
			Locus ou loco
			
			É o local certo e invariável que 
			cada gene ocupa no cromossomo. 
			
			Loci é o plural de locus. 
			
			
			O posicionamento de um gene fora do 
			seu locus normal em determinado cromossomo implica, quase sempre, 
			uma mutação.
			
			  
			
			Cromossomos
			Homólogos
			
			São considerados homólogos (homo = 
			igual) entre si os cromossomos que juntos formam um par. Esses pares 
			só existem nas células somáticas, que são diplóides (2n). 
			
			
			Num par, os dois homólogos possuem 
			genes para os mesmos caracteres. Esses genes têm localização 
			idêntica nos dois cromossomos (genes alelos).
			
			Na célula-ovo ou zigoto, um 
			cromossomo é herdado do pai e outro da mãe e ficam emparelhados.
			
			   
			
			Genes Alelos
			
			São aqueles que formam par e se 
			situam em loci correspondentes nos cromossomos homólogos. Respondem 
			pelo mesmo caráter. Cada caráter é determinado pelo menos por um par 
			de genes.
			
			Se num determinado local (locus) de 
			um cromossomo houver um gene responsável pela manifestação da 
			característica ‘cor do olho’, no cromossomo homólogo haverá um gene 
			que determina o mesmo caráter, em locus correspondente. 
			
			Se, por exemplo, houver um gene ‘A’ 
			num cromossomo, o gene ‘a’ localizado no homólogo correspondente 
			será alelo de ‘A’. Da mesma forma ‘B’ é alelo de ‘b’; mas ‘A’ não é 
			alelo de ‘b’.
			
			Cada par de genes vai determinar um 
			caráter, podendo ser homozigoto (letras iguais – AA ou aa) ou 
			heterozigoto (letras diferentes – Aa).
			
			 
			
			 
 
			
			
			
			 
			
			Existem, nos humanos, 46 cromossomos 
			nas células somáticas (do corpo). Cada um desses cromossomos tem um 
			homólogo correspondente. Podemos dizer que os humanos apresentam 23 
			pares de homólogos. 
			
			Para melhor entendimento 
			tomaremos como exemplo células da mosca da banana (Drosophyla), que 
			apresentam 8 cromossomos ou 4 pares de cromossomos nas células 
			somáticas (células diplóides – 2n).
			
			 
			
			
			
			 
			
			Esses cromossomos homólogos sofrerão 
			uma separação (segregação) durante a formação dos espermatozóides e 
			dos óvulos (espermatogênese e ovulogênese), de tal forma que estes 
			células sexuais apresentarão metade do número normal (células 
			haplóides – n), ficando com 4 cromossomos, no caso desta mosca.
			Reparem que o macho da Drosophyla apresenta 3 pares de homólogos 
			iguais entre si e 1 par diferente, enquanto que na fêmea há 4 pares 
			iguais entre si. A este par diferente denominou-se X e Y, e são 
			estes cromossomos que determinarão o sexo. Na fêmea temos X e X e no 
			macho X e Y.
 
			
			O mesmo ocorre nos seres humanos. Os humanos possuem 22 pares de 
			cromossomos iguais nos dois sexos e um par diferente. A este par 
			diferente denominou-se X e Y, e são estes cromossomos que 
			determinarão o sexo. Na fêmea temos XX e no macho XY.
			
			O homem apresenta 22 pares iguais 
			(autossomos) e um par sexual XY (22A + XY) (alossomos), enquanto a 
			mulher apresenta 22 pares iguais (autossomos) e um par XX (22A + XX) 
			(alossomos). 
			
			Como na formação dos gametas ocorre 
			a separação dos homólogos, nos homens o X irá para um espermatozóide 
			(22A + X) e o Y irá para outro (22A + Y). O óvulo terá sempre o 
			cromossomo X (22A + X). 
			
			Dependendo do espermatozóide que o 
			fecundou, o óvulo dará origem a um homem ou a uma mulher.
			
			Cada célula germinativa 
			(ovócito ou espermatócito) origina um óvulo ou 4 espermatozóides, 
			respectivamente. 
			
			Demonstraremos apenas 2 
			espermatozóides.
			
			 
			
			  
 
			 
			
			
			Caráter Dominante
			
			É o caráter resultante da presença 
			de um gene que, mesmo sozinho, em dose simples ou heterozigose, 
			encobre a manifestação de outro (chamado de recessivo).
			
			Os genes são representados por 
			letras. Geralmente usamos a primeira letra do recessivo para 
			representá-los.
			
			Para o gene recessivo usamos a letra 
			em minúsculo, e para o gene dominante, a mesma letra, porém em 
			maiúsculo.
			
			Exemplo: no homem existe um gene 
			normal para a pigmentação da pele que domina o gene para a ausência 
			de pigmentação (albinismo). Representamos, pois, esse caráter por 
			A (gene normal) e por a (gene para albinismo). 
			
			
			Um indivíduo Aa terá um 
			fenótipo normal porque o gene A domina o gene a. 
			Entretanto, esse indivíduo irá transmitir para alguns dos seus 
			descendentes o gene a, podendo ter filhos ou netos albinos.
			
			 
			
			Caráter Recessivo
			
			É aquele que só se manifesta quando 
			o gene está em dose dupla ou homozigose. Assim, só teremos 
			indivíduos albinos quando o genótipo for aa. Esses genes são 
			chamados recessivos porque ele fica escondido (em recesso) quando o 
			gene dominante está presente. No caso de herança ligada ou restrita 
			aos cromossomos sexuais, o gene recessivo pode se manifestar, mesmo 
			em dose simples.
			
			 
			
			Homozigoto e 
			Heterozigoto
			
			Quando os pares de alelos são 
			iguais, dizemos que os indivíduos são homozigotos (puros) para 
			aquele caráter, podendo ser dominantes ou recessivos.
			
			Quando os pares de alelos são 
			diferentes, dizemos que os indivíduos são heterozigotos (híbridos) 
			para aquele caráter.
			
			Ex: são homozigotos – AA, aa, BB, 
			bb, etc.
			
			      são heterozigotos – Aa, Bb, 
			etc.
			
			 
			
			Genótipo
			
			É a constituição genética de um 
			indivíduo, a soma dos fatores hereditários (genes) que o indivíduo 
			recebe dos pais, e que transmitirá aos seus próprios filhos. 
			
			
			Não é visível, mas pode ser deduzido 
			pela análise dos ascendentes e descendentes desse indivíduo. É 
			representado por 2 letras para cada caráter.
			
			 
			
			Fenótipo
			
			É a expressão da atividade do 
			genótipo, mostrando-se como a manifestação visível ou detectável do 
			caráter considerado. 
			
			É a soma total de suas 
			características de forma, tamanho, cor, tipo sangüíneo, etc.
			
			Dois indivíduos podem apresentar o 
			mesmo fenótipo embora possuam genótipos diferentes. 
			
			Por exemplo, a cor do olho pode ser 
			escura para os dois, sendo um homozigoto (puro) e o outro 
			heterozigoto (híbrido). Externamente, porém, não podemos 
			distingui-los, apresentando, portanto, o mesmo fenótipo.
			
			As características fenotípicas não 
			são transmitidas dos pais para os filhos. Transmitem-se os genes que 
			são os fatores potencialmente capazes de determinar o genótipo.
			
			 
			
			Fenocópia
			
			Um indivíduo pode revelar 
			características não-transmissíveis aos descendentes, portanto 
			não-hereditárias, que simulam manifestações tipicamente 
			hereditárias. Essas manifestações não hereditárias são chamadas de 
			fenocópias. Exemplo: tintura dos cabelos.
			
			 
			
			Expressividade de um 
			gene
			
			É a capacidade que tem um gene de 
			revelar a sua expressão com maior ou menor intensidade. 
			
			Os genes que condicionam a produção 
			de melanina, dando cor à pele, têm a sua expressividade alterada 
			pela exposição aos raios ultravioleta do Sol. O gene para a calvície 
			e para o desenvolvimento das mamas tem sua expressividade alterada 
			pela presença dos hormônios sexuais masculino ou feminino, 
			respectivamente.
			
			Dois indivíduos podem ter o mesmo 
			genótipo e apresentarem fenótipos diferentes.
			
			 
			
				
					
						| 
			FENÓTIPO = GENÓTIPO + 
			AMBIENTE | 
				
			 
			
			   
			
			Co-dominância, 
			semidominância, dominância intermediária ou ausência de dominância
			
			Quando um gene impede completamente 
			a expressão de outro, na heterozigose, dizemos que aquele gene 
			apresenta dominância completa. Há casos, porém, em que os dois genes 
			alelos, no indivíduo heterozigoto, condicionam a manifestação de um 
			caráter intermediário entre as expressões fenotípicas dos 
			homozigotos.  
			
			Cruzando boninas (Mirabillis 
			jalapa) de flores vermelhas (genótipos BV BV) com boninas de 
			flores brancas (genótipos BB BB), os resultantes são heterozigotos, 
			com o genótipo BV BB, cujas flores são fenotipicamente róseas. Nesse 
			caso, os genes são co-dominantes.
			
			 
			
			Genes letais
			
			São genes que determinam a morte do 
			indivíduo  no estado embrionário ou após o nascimento, quando em 
			homozigose. 
			
			Podem ser dominantes ou recessivos.
			
			
			 
			
			São letais os genes para a cor 
			amarela em ratos, a Talassemia ou anemia de Cooley, a coréia de 
			Huntington, a idiotia amaurótica infantil, entre outros.
			
			 
			
			A coréia de huntington é uma 
			degeneração nervosa com tremores generalizados e sinais de 
			deterioração mental, às vezes só manifestados após os 30 anos o que 
			leva à transmissão dos genes aos descendentes.
			
			A idiotia amaurótica infantil causa 
			demência, cegueira progressiva e morte, se manifesta na infância ou 
			adolescência.
			
			 
			
			 
			
				
					
						| 
						
						LEMBRETE 
						
						  
						
						O genótipo será representado por um ou mais pares de 
						genes. 
						
						Nos problemas, por duas ou mais letras. 
						  
						
						Um gameta (espermatozóide ou óvulo) será representado 
						por apenas um gene de cada par. 
						
						Nos problemas, apenas por uma letra. |