OS Seres Vivos e suas relações
				Adaptações – A adequação ao meio
 
				
				Desde que a vida surgiu sobre a terra, as espécies evoluíram à 
				custa de mutações que tornavam os indivíduos mais adaptados às 
				condições do meio. 
				Quando uma mutação torna o indivíduo mais adequado ao ambiente 
				ela se constitui uma mutação adaptativa ou simplesmente uma 
				adaptação.
				
				As adaptações são características que ajustam ou adequam melhor 
				as espécies às suas condições de vida ou ao seu meio ambiente e 
				que resultam de mutações ocorridas no passado em ancestrais 
				dessas espécies.
				
				Podemos classificar as adaptações em dois tipos fundamentais: 
				morfológicas e fisiológicas.
				- As adaptações morfológicas consistem em alterações 
				anatômicas ou estruturais da espécie. Podemos citar as 
				nadadeiras das baleias e as asas dos morcegos e aves.
				- As adaptações fisiológicas consistem numa adequação 
				funcional do organismo ao tipo de ambiente em que vive. Um peixe 
				de água doce e um de água salgada são anatomicamente 
				semelhantes, porém seus organismos têm comportamento funcional 
				diferente para controlar a diferença entre a pressão osmótica de 
				suas células e a concentração salina da água onde vivem.
				Camuflagem e Mimetismo são adaptações morfológicas 
				que oferecem às espécies melhores condições de defesa ou de 
				ataque. 
				Quando a espécie revela a mesma cor ou possui uma forma que se 
				confunde com coisas do ambiente, está manifestando uma adaptação 
				chamada de camuflagem. É o caso do camaleão, bicho-pau, 
				etc. Quando os indivíduos de uma espécie se assemelham bastante 
				aos de outra espécie, levando vantagem com essa semelhança, o 
				fenômeno é chamado de mimetismo. Temos como exemplo a 
				falsa-coral, cobra não venenosa.
				
				As Relações entre os Seres
				
				De forma geral, podemos classificar as relações entre seres 
				vivos como harmônicas ou desarmônicas.
 
				Considera-se como relação 
				harmônica todas as formas de relacionamento em que nenhuma 
				das espécies participantes do processo sofre qualquer tipo de 
				prejuízo. 
				
				Essas relações podem ser 
				intra-específicas (dentro da mesma espécie) ou 
				interespecíficas (entre espécies diferentes).
 
				As relações harmônicas 
				intra-específicas compreendem as colônias e as sociedades.
				- Colônias são agrupamentos de indivíduos da mesma 
				espécie ligados fisicamente e que revelam alto grau de 
				interdependência. Os corais e as esponjas formam colônias.
				- Sociedades são agrupamentos de indivíduos da mesma 
				espécie que vivem coletivamente, mas podem sobreviver isolados. 
				Esses grupos apresentam uma divisão de trabalhos. No formigueiro 
				e na colméia existe uma rainha (reprodutora), operárias, 
				soldados e machos, cada qual com sua função específica.
 
				
				
				 a) colônia   b) 
				mutualismo  c) sociedade   d/e)comensalismo
 
 
				As relações harmônicas 
				interespecíficas compreendem a protocooperação, o mutualismo e o 
				comensalismo. Nos dois primeiros casos, ambas as espécies são 
				beneficiadas.
				- Na protocooperação os indivíduos podem viver 
				isoladamente, como o paguro e a actínia.
				 
				
				
				- No mutualismo ou simbiose a associação é 
				imprescindível para a sobrevivência de ambos os seres. Os 
				liquens são a união de algas e fungos. Baratas e cupins vivem em 
				mutualismo com protozoários.
				- No comensalismo apenas um dos indivíduos se beneficia 
				sem prejudicar o outro, e ambos podem viver isoladamente. A 
				rêmora é comensal do tubarão.
				 
				
				
				 
				
				
				A protocooperação    
				B mutualismo
				
 
				As relações desarmônicas 
				implicam sempre em prejuízo para uma das espécies. Compreendem o 
				amensalismo, a competição, o predatismo e o parasitismo.
				- No amensalismo ou antibiose um organismo produz 
				substâncias que inibem o desenvolvimento de outra. Fungos 
				produzem antibióticos que destroem bactérias (espécie amensal).
				- A competição acontece entre espécies que ocupam, numa 
				mesma área, nichos similares. Os herbívoros da savana africana 
				competem pela pastagem.
				- O predatismo consiste no ataque de uma espécie a outra, 
				para matá-la e devorá-la. Quando o predatismo envolve seres da 
				mesma espécie é chamado de canibalismo.
				- O parasitismo é a relação em que uma espécie se instala 
				no corpo de outra, prejudicando-a. O organismo que abriga o 
				parasita é chamado de hospedeiro.
				
				Os parasitas podem ser classificados de várias formas.
				- Quanto ao tamanho podem ser microparasitas (protozoários, 
				bactérias, fungos e vírus) ou macroparasitas (vermes 
				intestinais, piolhos, carrapatos, etc.).
				- Quanto à localização podem ser ectoparasitas (externos) ou 
				endoparasitas (internos).
				- Quanto à necessidade de realização do parasitismo podem ser 
				obrigatórios ou facultativos.
				- Quanto ao tempo de permanência junto ao hospedeiro podem ser 
				temporários (só quando têm fome – pulgas), provisórios (apenas 
				durante uma fase da vida – moscas berneiras) ou permanentes.
				- Quanto ao grau de parasitismo podem ser hemiparasitas (a 
				erva-de-passsarinho retira a seiva bruta do hospedeiro e a 
				transforma em elaborada), holoparasitas (o cipó-chumbo suga a 
				seiva elaborada) e hiperparasitas (parasitas de parasitas – 
				bacteriófagos ou fagos são vírus que parasitam bactérias). 
				- Quanto à sua evolução podem ser monogenéticos (passam toda a 
				vida em um só hospedeiro – lombriga) ou digenéticos (evoluem em 
				um hospedeiro intermediário e tornam-se adultos em um hospedeiro 
				definitivo – tênia ou solitária).
 
				
				
				Cipó chumbo - parasitismo
 
				
				
				Embora classificadas de desarmônicas, essas relações ajudam no 
				equilíbrio ecológico, na medida em que controlam o tamanho das 
				populações e eliminam os organismos fracos e doentes.
 
 
				
				
				Música das Relações Ecológicas
 
 
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