OS Ciclos Biogeoquímicos
 
				
				“Na Natureza, nada se cria, nada se perde, tudo se transforma”.
				Este é o princípio de conservação da matéria, enunciado por 
				Lavoisier.
				
				Os elementos químicos ora estão participando da estrutura de 
				moléculas inorgânicas, na água, no solo ou no ar, ora estão 
				compondo moléculas de substâncias orgânicas, nos seres vivos. 
				Pela decomposição cadavérica ou por suas excreções e seus 
				excrementos, tais substâncias se decompõem e devolvem ao meio 
				ambiente os elementos químicos, já na forma de compostos 
				inorgânicos.
				
				O Ciclo do Carbono
				
				Essencial para a atividade fotossintética dos seres clorofilados 
				e para a manutenção do calor fornecido pelo Sol, o dióxido de 
				carbono (CO2) entra na composição do ar atmosférico 
				na proporção de 0,04%. 
				A atividade respiratória dos seres vivos e as combustões em 
				geral, lançam anualmente mais de cinco bilhões de toneladas 
				desse gás na atmosfera, provocando poluição. O aumento 
				significativo de gás carbônico na atmosfera vem provocando um 
				aquecimento cada vez maior do planeta, reduzindo a perda de 
				calor para o espaço exterior (efeito estufa).
				Nos seres vivos, o carbono tem um papel estrutural e seus 
				compostos são consumidos como reservatórios de energia. Ao fim 
				dos processos respiratórios, que visam a liberação da energia 
				contida nas moléculas orgânicas, o gás carbônico reaparece com 
				um dos produtos finais, sendo devolvido ao meio abiótico para 
				reiniciar o ciclo.
 
				
 
				
				O Ciclo do Oxigênio
				
				Encontrado no ar numa proporção de 20,94%. Seu ciclo está 
				intimamente ligado ao ciclo do carbono. Durante a fotossíntese, 
				os organismos retiram CO2 do ambiente e desprendem 
				oxigênio (O2). Durante a respiração, os seres 
				aeróbios, consomem O2 e liberam CO2 para o 
				ambiente. O oxigênio liberado para a atmosfera é proveniente da 
				quebra de moléculas de água durante a fotossíntese. À medida que 
				a atividade fotossintética produz e libera O2 livre, 
				esse gás vai sendo reprocessado na respiração aeróbia, 
				restaurando a água como produto final.
				
				
				O Ciclo do Nitrogênio
 
				Encontrado no ar atmosférico numa 
				proporção de 78,09%, o nitrogênio (N2) é 
				indispensável à formação dos aminoácidos que constituem as 
				proteínas, porém os organismos superiores não conseguem 
				absorvê-lo diretamente do ar. 
				As plantas absorvem o nitrogênio do solo na forma de nitratos 
				(NO3). 
				No solo e nos ecossistemas aquáticos, o nitrogênio é 
				transformado em nitratos pelos organismos fixadores de 
				nitrogênio (cianobactérias), pelas bactérias nitrificantes e 
				pelos decompositores. 
				As descargas elétricas dos relâmpagos combinam átomos de 
				nitrogênio com átomos de oxigênio, formando nitratos que se 
				precipitam para o solo.
 
				 
				 
				
				 
				
				
				As bactérias do gênero Rhizobium (1) que formam nódulos nas 
				raízes das leguminosas, retêm o nitrogênio livre, formando 
				nitratos. Elas se nutrem dos carboidratos produzidos pelas 
				leguminosas e fornecem os nitratos que produziram. As 
				cianobactérias também são capazes de assimilar o nitrogênio 
				livre, produzindo nitratos. Alguns fungos também são 
				assimiladores de N2.
				Entretanto os decompositores e as bactérias nitrificantes (2) do 
				solo desempenham os papeis mais importantes no ciclo do 
				nitrogênio. As bactérias de putrefação decompõem as proteínas 
				produzindo, entre outros, a amônia (NH3) e os íons 
				amônio (NH4+). Algumas plantas absorvem os 
				íons amônio. As bactérias nitrificantes ou nitrosas (Nitrosomonas 
				sp. e Nitrosococcus sp.) oxidam a amônia dando ácido 
				nitroso que reage com outras substâncias e origina nitritos (NO2). 
				As bactérias nítricas (Nitrobacter) oxidam os nitritos em 
				nitratos. As bactérias denitrificantes (3) decompõem a uréia e a 
				amônia, liberando nitrogênio molecular para a atmosfera.
 
				
				O Ciclo da Água
				
				A água no estado líquido está continuamente evaporando. Nas 
				altas camadas atmosféricas ela se condensa, formando as nuvens, 
				de onde resultam as chuvas. Ela pode também se precipitar na 
				forma de neve ou de granizo. A precipitação pluvial ocasiona a 
				formação de lençóis subterrâneos e de nascentes de rios. Os rios 
				drenam para os mares. Parte dessa água é absorvida pelos seres 
				vivos e utilizada em seu metabolismo. Através da transpiração, 
				respiração e excreção os seres vivos devolvem a água para o 
				ambiente. 
				
 
				
 
 
				O Ciclo do Cálcio
				
				Todos os minerais (cálcio, ferro, fósforo, enxofre, etc.) 
				circulam pelos seres vivos, pela água, pelo ar e pelo solo. 
				Vamos tomar como exemplo o cálcio. 
				Os carbonatos e fosfatos de cálcio são encontrados na 
				organização do corpo dos espongiários (espículas), corais, 
				conchas de moluscos, carapaças de crustáceos e nos esqueletos 
				dos equinodermos e dos vertebrados. Após a morte desses animais, 
				essas estruturas se decompõem lentamente e seus sais se 
				dissolvem na água e no solo. Com o passar do tempo, pode ocorrer 
				a deposição e sedimentação desses sais, surgindo os terrenos 
				sedimentares de calcário (mármore, etc.).
				A erosão das rochas calcárias devolve os sais de cálcio para as 
				águas onde poderão voltar a ser absorvidos pelos seres vivos.
 
				
 
				Ciclo do fósforo
				
				
				
 
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